Resenha de Livro: O Nome do Vento - Patrick Rothfuss

3 comentário(s)
Título: O Nome do Vento
Título Original: The Name of the Wind
Autor: Patrick Rothfuss
ISBN: 978-85-99296-49-3
Páginas: 656
Ano: 2009
Editora: Arqueiro
Preço: 49,90
Avaliação:


Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso. Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano – os lendários demônios que assassinaram sua família no passado. Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade. Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade – notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame. Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança. Mais do que a trama bem construída e os personagens cativantes, o que torna O nome do ventouma obra tão especial – que levou Patrick Rothfuss ao topo da lista de mais vendidos do The New York Times – é sua capacidade de encantar leitores de todas as idades.

É uma missão extremamente ardilosa começar a resenha desse livro, não por não saber o que dizer ou por ele ser diferente dos outros, ou melhor, até é diferente, mas de um jeito tão bom que tenho um medo enorme de não conseguir descrever a tamanha perfeição dessa obra ou de me empolgar tanto que não consiga ser claro para você, leitor. Porém, é necessário um esforço, já que não quero de maneira nenhuma que esse seja um livro de poucas estantes, e ao longo da resenha, você entenderá porquê.

Bom, devo admitir que O Nome do Vento foi para mim uma surpresa muito grande. Não esperava que o livro fosse ruim já que pela sinopse vi que trazia uma história interessante e além disso ambientado em uma época medieval, e eu sou particularmente fã de livros ambientados nessa época. O fato é que não esperava que a história me prendesse tanto a ponto de me fazer devorar rapidamente todas as páginas do livro muito rapidamente.

A história do livro gira em torno do Kvothe, que no ínicio da trama chama-se apenas Kote, um homem adulto e um tanto amargurado dono de uma hospedaria no meio do nada que passa o dia servindo vinho e cerveja aos poucos hospedes que recebe. Em um certo dia, Kote acaba conhecendo no meio da floresta um cronista que acabou sendo assaltado e resolve ajuda-lo. Ao chegar na hospedaria, o cronista reconhece Kote como o famoso Kvothe que tem lendas espalhadas por todos os locais assim como vários nomes. Logo, nosso protagonista acaba revelando sua identidade e começa a contar a sua história enquanto o cronista as registra por escrito.

A história começa a ser contada quando Kvothe era ainda criança e vivia com seus pais e vários amigos em uma trupe que se apresentava em várias cidades por toda a região. Em um certo dia, um homem chamado Abenthy acaba se juntando a trupe, principalmente por ser muito inteligente e poder ajudar os membros desta. Esse personagem acaba por mudar a vida de Kvothe que acaba tomando lições sobre diversas matérias como química, matemática, física e até alquimia. Quando Abenthy para de viajar com a trupe, já tornou Kvothe uma das pessoas mais inteligentes do seu tempo e a mais inteligente com a sua idade.

Depois da partida de Abenthy, Kvothe segue estudando sozinho e viajando e se apresentando com a sua trupe. Um certo dia, um grupo denominado de guerreiros denominados chandrianos cruzam com o caminho do garoto e da sua trupe e nesse momento, sua vida muda para sempre. 

O ponto alto do livro é que quando não estamos tendo uma ação frenética que fará avançarmos mais rapidamente com a leitura, temos mistérios enormes que surtirão o mesmo efeito. Tentei inúmeras vezes apenas ler um pouco da obra mas nunca consegui, sempre um desejo enorme de ler mais e mais surgia. 

A obra é extremamente descritiva o que faz com que todos os personagens sejam extremamente bem criados e possuam um papel super elaborado durante o desenrolar da trama. A criatividade do autor também foi tremenda, criando momentos fantásticos que adicionam mais aventuras ao clima da narrativa. Algumas pessoas comparam esse livro com Harry Potter e a saga de sucesso Game of Thrones. Acho que existe sim um pouco delas na série, e não reclamo nenhum pouco disso, aliás, são duas séries de peso e com certeza só torno essa comparação um grande elogio a obra.

O Nome do Vento é um livro relativamente grande com quase 700 páginas e letras pequenas o que faz com que o leitor pense se tratar de um livro único por conta do tamanho, mas não é. A obra faz parte da série A Crônica do Matador do Rei: Primeiro Dia, ou seja, ainda existem o segundo e terceiro dia, formando assim uma trilogia. O primeiro livro como introdutório conta a história de Kvothe apenas até parte da sua adolescência. 

Essa foi uma obra a qual rastejei um pouco no início da leitura e depois simplesmente devorei. Indico leitura e releitura sem dúvida alguma, na certeza de que a possibilidade de decepção é extremamente mínima. 

3 comentários:

Cachola Literária disse...

Oi,amore!
Tenho muita vontade de ler esse livro, mas fico cansada só de imaginar nas 700 páginas...kkkk
Apesar de sua extensão a narrativa me parece bem interessante. Quando ele estiver a preço de banana eu o incluirei na minha lista de desejados.
Me animei pelo fato de você dizer que apesar da narrativa ser um pouco lenta depois ela te cativou.
Ótima resenha!

Bjs!
http://www.cacholaliteraria.com.br

Anônimo disse...

Nossa, esse livro deve ser muito bom, todas resenhas falam bem dele!
Gostaria de lê-lo :D

Parabéns, ótima resenha ^^

Ronaldo Gomes disse...

Olá Juan, tudo bem?
Muito boa sua resenha. Senti exatamente a mesma coisa quando li o livro, sabia que não seria ruim, mas também não esperava que fosse tão bom.
O ritmo de leitura é muito bom, e a criatividade do autor é inegável. A saga de Kvothe prendeu-me do começo ao fim e foi uma das maiores descobertas literárias que já fiz.
Quanto a comparação com Harry Potter, não acho que haja um elo entre as séries, e se houver é muito pouco. Já com GoT não sei porque ainda não li!

Abraços
Ronaldo Gomes
livrosobrelivro.blogspot.com

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Manuseador da pena

Juan Silva, 16 anos, Carioca e Sagitariano. 3º ano e estudante do curso técnico de química. Não vivo sem bons livros, séries e filmes. De vez em quando, um café gelado sempre é bem vindo. {mais?}

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